Apartamento Bretagne

CONSTRUÍDO

SÃO PAULO-SP, 2022

Finalista do Prêmio de Arquitetura da Revista Casa e Jardim 2023

O edifício Bretagne, inaugurado em 1958 pelo construtor Artacho Jurado, é um ícone paulistano, tombado pelo CONPRESP em 1995 em nível P2. O tombamento impõe a manutenção dos revestimentos das áreas comuns e de características da fachada, mas não impede a reforma nos interiores dos apartamentos, que podem ser reformados e reconfigurados.

O projeto foi feito para uma cliente sem filhos e com grande interesse em design e arte contemporânea. A ideia principal da intervenção foi maximizar a área social do apartamento através a retirada de dois quartos para ampliar a área da sala de estar. Dessa forma, transformamos um apartamento de 140 m2 de três quartos em um apartamento de apenas um quarto. Não tivemos acesso às plantas de estrutura e instalações originais, portanto inicialmente descascamos as paredes e estruturas para analisar a viabilidade da transformação. Descobrimos uma complexa estrutura de vigas com 7 distintas dimensões. Diferente de projetos com preceitos modernos, onde a planta livre e a estrutura racional, por regra, permitem reformas mais fáceis de serem adaptadas, o projeto do Bretagne exibiu intrincadas estruturas de vigas e pilares, que optamos por deixar expostas. Expusemos então todos os elementos do projeto original, descascamos todas as paredes e as pintamos de branco enquanto as estruturas de vigas, pilares e lajes de concreto foram mantidas aparentes. Os elementos arquitetônicos, paredes e estruturas foram expostos em seu estado natural, enquanto as novas paredes foram totalmente cobertas por armários, painéis ou revestimentos que sinalizam uma camada de intervenção.

A mesa de jantar é fixa e fica contígua à bancada de concreto e madeira da cozinha, que é aberta para a sala. A cozinha é ladeada por dois grandes painéis de madeira: de um lado o armário embute uma despensa, a chapelaria e todos os eletrodomésticos, e do outro lado o painel esconde um grande louceiro e a porta de acesso à área de serviço. Mantivemos um chuveiro no lavabo para que o acréscimo de um possível quarto mantivesse a funcionalidade do apartamento. A suíte principal tem uma ampla área de closet que adentra o banheiro, não havendo uma separação muito clara entre esses ambientes. Dessa forma, o banheiro da suíte está parcialmente “dentro” do closet e parte do closet adentra o quarto.

Autores:
Daniel Mangabeira, Henrique Coutinho e Matheus Seco
Colaboração: Anna Albano e Camila Abrahão (Casulo Arquitetura)
Superfície Construída: 250m2
Projeto: 2021
Construção: 2021-2022
Obra: 808 Arquitetura
Iluminação: Sulene Nascimento
Fotos: Maíra Acayaba

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apartamento Bretagne

CONSTRUÍDO

SÃO PAULO-SP, 2022

Finalista do Prêmio de Arquitetura da Revista Casa e Jardim 2023

O edifício Bretagne, inaugurado em 1958 pelo construtor Artacho Jurado, é um ícone paulistano, tombado pelo CONPRESP em 1995 em nível P2. O tombamento impõe a manutenção dos revestimentos das áreas comuns e de características da fachada, mas não impede a reforma nos interiores dos apartamentos, que podem ser reformados e reconfigurados.

O projeto foi feito para uma cliente sem filhos e com grande interesse em design e arte contemporânea. A ideia principal da intervenção foi maximizar a área social do apartamento através a retirada de dois quartos para ampliar a área da sala de estar. Dessa forma, transformamos um apartamento de 140 m2 de três quartos em um apartamento de apenas um quarto. Não tivemos acesso às plantas de estrutura e instalações originais, portanto inicialmente descascamos as paredes e estruturas para analisar a viabilidade da transformação. Descobrimos uma complexa estrutura de vigas com 7 distintas dimensões. Diferente de projetos com preceitos modernos, onde a planta livre e a estrutura racional, por regra, permitem reformas mais fáceis de serem adaptadas, o projeto do Bretagne exibiu intrincadas estruturas de vigas e pilares, que optamos por deixar expostas. Expusemos então todos os elementos do projeto original, descascamos todas as paredes e as pintamos de branco enquanto as estruturas de vigas, pilares e lajes de concreto foram mantidas aparentes. Os elementos arquitetônicos, paredes e estruturas foram expostos em seu estado natural, enquanto as novas paredes foram totalmente cobertas por armários, painéis ou revestimentos que sinalizam uma camada de intervenção.

A mesa de jantar é fixa e fica contígua à bancada de concreto e madeira da cozinha, que é aberta para a sala. A cozinha é ladeada por dois grandes painéis de madeira: de um lado o armário embute uma despensa, a chapelaria e todos os eletrodomésticos, e do outro lado o painel esconde um grande louceiro e a porta de acesso à área de serviço. Mantivemos um chuveiro no lavabo para que o acréscimo de um possível quarto mantivesse a funcionalidade do apartamento. A suíte principal tem uma ampla área de closet que adentra o banheiro, não havendo uma separação muito clara entre esses ambientes. Dessa forma, o banheiro da suíte está parcialmente “dentro” do closet e parte do closet adentra o quarto.

Autores:
Daniel Mangabeira, Henrique Coutinho e Matheus Seco
Colaboração: Anna Albano e Camila Abrahão (Casulo Arquitetura)
Superfície Construída: 250m2
Projeto: 2021
Construção: 2021-2022
Obra: 808 Arquitetura
Iluminação: Sulene Nascimento
Fotos: Maíra Acayaba

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